terça-feira, 22 de novembro de 2016

RECONHECIMENTO PARA O TEATRO DE CARUARU



O Teatro Silogeu, na Praça Diogo de Braga, foi palco de mais uma Mostra de Teatro da Vitória de Santo Antão (MOSTEV). Este ano foi a 19ª edição. O espetáculo “A VISITA” encenada por Severino Florêncio, recebeu o prêmio especial em “RECONHECIMENTO PELA CONTRIBUIÇÃO AO TEATRO PERNAMBUCANO”.
Severino Florêncio, Ator e Produtor da peça, expressou alegria em receber este reconhecimento: “Mais uma vez agradeço a todos da equipe de coordenação da MOSTEV 2016 e principalmente a Leonardo Edardna, que abriu espaço para nossa participação com a VISITA e que nos recebeu com atenção e respeito. Sinto-me honrado com o reconhecimento de todos.”
Já Ivonete Melo, da Comissão Julgadora, relatou que a entrega do prêmio foi merecida, “pois não havia concorrente para este nível, citou ela, “a atuação profissional de Severino Florêncio e seu espetáculo, engrandeceu muito a todos que assistiram e a Mostra de Teatro como um todo, dado a capacidade, talento e profissionalismo de uma “A VISITA”, concluiu.
A visita é um texto de Moncho Rodriguez, com direção de Nildo Garbo, Luz de Edu de Oliveira, Cenotécnico: Arnaldo Honorato, Fotografias: Marcos Nascimento, Design Gráfico: Moacir Silva e Produção: Severino Florêncio.

MOSTEV


A primeira MOSTEV aconteceu em 1998 e sua pretensão era incentivar a produção teatral nas escolas, com o passar dos anos, mais artistas foram vendo no festival uma oportunidade de mostrar os seus trabalhos, talentos foram se revelando, novos grupos foram se formando no município e nas adjacências do município. A solicitação por um espaço de apresentação, mesmo que não fosse para competir, se intensificou de uma forma tão gritante, que foi impossível ignorar, e a Mostra de Teatro Estudantil da Vitória – MOSTEV virou a Mostra de Teatro e Dança da Vitória – XIX MOSTEV deixando de ser um evento exclusivamente teatral e passando ser um evento que integra teatro e dança.

FOTOGRAFO: Crisdeyvson Queiroz

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

A Visita Continua sua temporada alternativa

O espetáculo teatral “A Visita” que é uma adaptação do texto do encenador e dramaturgo Moncho Rodriguez pelo Grupo de Teatro Arte-Em-Cena, trazendo Nildo Garbo como Encenador/Figurino/Adereços, Edu de Oliveira na iluminação, Moacir Severino no Design Gráfico e Severino Florêncio na Produção, está em mais uma temporada.
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A Sinopse conta que ao visitar o local que fez parte de sua infância, Antônio depara-se com um deserto de gente e de bicho. Na mais absoluta solidão, busca na memória recriar fatos de seu passado e através de relatos sobre a família, política e sentimentos, encher de vida o vazio do lugar e do seu coração.
Nesta temporada o espetáculo já esteve dia 01 de setembro na Mostra Geraldo Barros, Arcoverde (PE), no dia 04 de outubro na Mostra Marcos Freitas no SESC Garanhuns, e mais recentemente, 11 de outubro no FETEAG no SESC Caruaru.

A Visita estará em novembro participando da Mostra de Teatro de Vitória de Santo Antão, MOSTEV, dia 11 de novembro.

MOSTEV - A primeira MOSTEV aconteceu em 1998 e sua pretensão era incentivar a produção teatral nas escolas, com o passar dos anos, mais artistas foram vendo no festival uma oportunidade de mostrar os seus trabalhos, talentos foram se revelando, novos grupos foram se formando no município e nas adjacências do município. A solicitação por um espaço de apresentação, mesmo que não fosse para competir, se intensificou de uma forma tão gritante, que foi impossível ignorar, e a Mostra de Teatro Estudantil da Vitória - MOSTEV virou a Mostra de Teatro e Dança da Vitória - XIX MOSTEV deixando de ser um evento exclusivamente teatral e passando ser um evento que integra teatro e dança.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Severino Florêncio atuando para crianças especiais em Fafe

Compartilhando experiências na Cercifafe (Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Fafe).
Mais um bem sucedido projeto de intercâmbio teatral. Mais uma oportunidade de descentralização nas Freguesias e de partilha com a comunidade.








segunda-feira, 11 de julho de 2016

A Visita em Fafe- Portugal




Fruto de uma parceria entre FAFE CIDADE DAS ARTES e o Teatro Arte em Cena de Caruaru (PE) sobe a cena hoje, no Teatro Cinema de Fafe a versão brasileira/nordestina do espetáculo A VISITA. Interpretada pelo reconhecido ator Severino Florêncio. 

Um trabalho de interpretação que mereceu prêmios no teatro brasileiro e que se mostra com toda doação ao publico fafense.
A Visita realizará ainda descentralização nas freguesias de Antime, Arões e Fornelos....Teatro é bom quando se aproxima da gente.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Espetáculo Teatral “A Visita” é convidado para temporada na Europa

Entre os dias 06 à 22 de julho, o Grupo Teatral caruaruense Arte em Cena estará realizando uma temporada na Europa a convite do Projeto FAFE CIDADE DAS ARTES, através da plataforma cultural e artística da Câmara Municipal daquele município, em Portugal. As apresentações serão no Teatro Cinema de Fafe e em circulação pelas juntas de Freguesias do Município.
Para o diretor e autor, Moncho Rodriguez, a temporada fortalece o mútuo apoio entre nações e “é de grande interesse para o público fafense e permitirá um verdadeiro encontro com a cultura do Nordeste brasileiro, acreditamos que esta será uma oportunidade para que se possa estabelecer um verdadeiro intercâmbio entre criadores e públicos.”

O grupo já se apresentou em diversas cidades como: Caruaru, Arcoverde, Recife, Bom Conselho, Cabo de Santo Agostinho, Garanhuns, Palmares, Bezerros, Gravatá, Pesqueira, Belo Jardim e Petrolina, no Estado de Pernambuco, e Feira de Santana/BA, São Gonçalo dos Campos/BA, João Pessoa/PB, Campina Grande/PB, São José do Rio Preto/SP, Piracicaba/SP, São Mateus/ES, Guaramiranga/CE, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP e Valongo cidade do Porto em Portugal.

Sinopse

Ao visitar o local que fez parte de sua infância, Antônio depara-se com um deserto de gente e de bicho. Homens que são meio gente, meio barro feito as casas - e meio bicho... Na mais absoluta solidão, busca na memória recriar fatos de seu passado. Através de relatos sobre a família, a política e sentimentos seus, tocando ainda em temas como sexualidade, amizade e afetos, ele tenta encher de vida o vazio do lugar e do seu coração. A peça celebra os quase trinta anos de atuação deste coletivo no município  de Caruaru/Pernambuco.

Ficha Técnica
Texto: Moncho Rodriguez
Ator: Severino Florêncio
Direção/Figurino/Adereços: Nildo Garbo
Mapa de Luz: Edu de Oliveira
Execução de Adereços: Naldo Fernandes
Execução de Figurino: Iva Araújo
Cenotécnico: Arnaldo Honorato
Fotografias: Marcos Nascimento
Design Gráfico: Moacir Silva
Produção: Severino Florêncio.

Direção
O diretor/encenador do espetáculo, Nildo Garbo, optou por trilhar os caminhos do construtivismo para a realização de sua encenação. Que teve como ponto de partida o texto de Moncho Rodriguez e da concepção e composição do trabalho do ator. E a partir destes elementos passou a desenhar a geografia cênica do espetáculo, que além da luz, se utiliza de poucos recursos técnicos.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Crítica – A Visita | Inconformismo marca encenação rapsódica do Arte-Em-Cena

Imagens – Marcos Nascimento

Por Vinícius Vieira

Jornalista, Ator e Professor

O Teatro Capiba vestiu-se de lembranças nesta terça (12) e quarta (13), com o espetáculo A Visita, do grupo Arte-Em-Cena, de Caruaru. As memórias eram da personagem António que, ao trazer à tona ritos, canções e a complexa simplicidade da vida interiorana, convocou o público para um lugar de saudade, erigido sob o imaginário do  homem sertanejo nordestino, embora com ecos de amplitude universal.  Para construir uma linha dialógica de regresso, a encenação privilegiou a palavra.

O discurso proferido no espetáculo nos fala sobre a impossibilidade de estarmos sós. Como seres sociais, temos a tendência de buscar o outro, ainda que esse alguém esteja acessível apenas pela materialidade onírica. É nesse sentido que António, defendido pelo ator Severino Florêncio, se move em cena, mostrando-nos, nesse processo, múltiplos tempos e espaços de seu interior, um passado longínquo, agora, inabitado. A direção de Nildo Garbo – também responsável pelos figurinos, adereço e maquiagem -, coloca o ator como um rapsodo em uma interpretação anti-ilusionista, valendo-se da utilização de diversos recursos para a reconstituição de situações já ocorridas. Também há uma intertextualidade dos modelos épico e dramático para conceber a estrutura narrativa posta em cena.

António nos apresenta as figuras preciosas da sua vida e costumes que parecem não mais fazer sentido em tempos pós-modernos. Para realizar essa dinâmica, o intérprete dialoga com figuras imaginárias.  O artista nos mostrou potencialidade nas várias nuances, inflexões, entonações durante as conversas inscritas entre o presente e  o passado. No entanto, alguns registros vocais poderiam receber maior cuidado pois dificultaram a dicção e, consequentemente, a  compreensão do que foi dito. Os elementos cenográficos, um trilho que corta o palco de um canto a outro, uma cruz à esquerda, uma peneira, um pilão e uma pequena mesa no centro com uma sanfona em cima, além de outros materiais espalhados no chão, eram vestígios sígnicos os quais deveriam ser completados pelo público com uso da imaginação. Os objetos foram manipulados pelo ator, mudaram de lugar e, por vezes, adquiriram novos sentidos.

A teatralidade foi bastante explorada: uma colcha florida transformou-se em lona de circo e a junção da cruz com três aros de bicicleta formou um projetor a rodar um filme na “máquina de fazer gente”: o cinema. Tudo composto de uma simplicidade encantadora. Entretanto, adaptar a cenografia ao palco do Capiba tornou estranha a localização do trem, que precisou ser colocado no fundo da cena, ficando longe dos trilhos e dificultando a marcação criada. O figurino, um sobretudo e uma calça cinza, mostrou-se funcional e se desfez, nas mangas, para revelar a condição de Antônio, que também se perde sem as suas referências (seu pai, irmãos, primos… E até a tia Maria). Esse traje deu lugar a outro, dessa vez, um avental. Nesse momento, os papéis de gênero são postos em questão ao revelar as performances femininas e masculinas como sociais, sem naturalizá-las. Abordar essa temática é emergente para que possamos desconstruir discursos balizadores das práticas de violência contra aqueles e aquelas que – assim como a personagem central da obra – não seguem o padrão ou, como o próprio António enfatiza, “não segue a boiada”.

A montagem também dialoga com as angústias promovidas pelo impacto da globalização na vida do sujeito, no qual perde suas referências locais e tem as suas necessidades pessoais superadas pela lógica capitalista. Talvez a personagem seja o alter ego do espanhol Moncho Rodrigues,  que assina a dramaturgia da peça. Cidadão do mundo, Rodrigues externa por meio de António um mal estar decorrente de uma identidade fragmentada pela ordem provisória, instável das coisas. Ele escreve como quem sente na pele os dissabores e os amores de fincar os pés no entrelugar. Ao encenar A visita, o grupo Arte-Em-Cena faz um teatro com sede de compreender as apreensões do nosso tempo e não apenas com finalidade comercial. É uma necessidade irrefreável de evidenciar o inconformismo perante as dinâmicas de poder vigente.

Seria essa interação, essa vontade de intervir no mundo, provocar um estalo no espectador, que faz um coletivo perdurar por longos anos? Sem dúvida, o espetáculo foi uma escolha assertiva para comemorar os quase 30 anos de atividade da companhia no município de Caruaru, interior Pernambucano.

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